Para o Ministro, saúde pública sofre com problemas de financiamento.
Temporão participou de lançamento de campanha de combate à dengue.
Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, divulga
dados sobre a dengue no Brasil. (Foto: Valter
Campanato / Agência Brasil)
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu nesta quinta-feira (11) um acréscimo de R$ 50 bilhões ao orçamento do setor. Questionado de onde sairiam os recursos, o ministro disse que os repasses poderiam vir da "União ou de um novo imposto" e que a "CPMF é uma opção".dados sobre a dengue no Brasil. (Foto: Valter
Campanato / Agência Brasil)
A possibilidade de recriação da contribuição, extinta em 2007, retornou ao noticiário depois de uma declaração da presidente eleita sobre o tema. Dilma Rousseff afirmou que há uma "pressão" de governadores para que haja uma compensação para a perda de receita com o fim da CPMF e que está disposta a negociar o tema com eles.
De acordo com o ministro Temporão, a rede pública de saúde no Brasil sofre com problemas de gestão e de financiamento. Para ele, é necessário "melhorar a qualidade dos gastos" e "resolver a fragilidade financeira do setor".
"Seja qual for a solução, ela não pode sofrer os mesmo problemas da CPMF, que deixou os recursos serem usados em outras áreas", afirmou o ministro.
Campanha
Nesta quinta, o Ministério da Saúde lançou uma nova edição da Campanha Nacional de Combate à Dengue. De acordo com o ministro, a campanha terá a distribuição de folhetos e propaganda em emissoras de rádio e televisão, com peças publicitárias que vão utilizar depoimentos de pessoas que tiveram a doença ou com familiares e amigos vítimas da dengue.
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A partir da próxima semana, o ministro visitará as cidades onde há maior risco de disseminação da doença, com o objetivo de divulgar a campanha.Mortes
O número de mortes provocadas pela dengue no país aumentou 89,7% neste ano (no período entre janeiro e 16 de outubro) em relação a todo o ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta (11) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, houve 312 mortes em 2009 e 592 entre janeiro e 16 de outubro deste ano.
O número de casos notificados da doença, informou o ministério, aumentou mais de 90% no mesmo período. Em todo o ano de 2009, foram notificados 489.819 casos e, neste ano, mais de 936 mil.
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