quarta-feira, 14 de setembro de 2011

'Prévia do PIB' mostra que nível de atividade volta a subir em julho, diz BC

Após recuar em junho, o nível de atividade econômica voltou a crescer em julho deste ano, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (14) pelo Banco Central. No mês retrasado, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), somou 143,59 pontos, com alta de 0,46% sobre o mês anterior (142,93 pontos).
Nos sete primeiros meses deste ano, por sua vez, o crescimento da atividade econômica, segundo dados do IBC-Br, foi de 3,68%. Com isso, houve desaceleração frente ao resultado dos seis primeiros meses de 2011, quando o crescimento ficou em 3,74% - abaixo também dos 3,94% de expansão registrados até maio.
Em doze meses até julho, ainda de acordo com números do Banco Central, a taxa de expansão do IBC-Br foi de 4,52%, também abaixo do registrado em doze meses até junho (+4,89%) e até maio (+5,34%). Os números, deste modo, mostram desaceleração da taxa de crescimento no critério em 12 meses.
IBC-Br
O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco Central explicou que o IBC-Br "constitui uma medida antecedente da evolução da atividade econômica".
Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.
"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)", explicou o Banco Central, por meio do relatório de inflação de março do ano passado.
PIB do segundo trimestre
Dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a economia brasileira cresceu 0,8% no segundo trimestre deste ano, contra os três meses anteriores, o que mostra uma desaceleração frente à expansão de 1,2% do primeiro trimestre de 2011. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que antes apostava em uma taxa de crescimento de 4,5% para este ano, já fala que a expansão ficará em torno de 4%. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, por sua vez, disse recentemente que o crescimento de 2011 ficará abaixo de 4%.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 12% ao ano. A taxa começou o ano de 2011 subindo para controlar as pressões inflacionárias. Foram cinco elevações consecutivas até julho deste ano. Com a piora do cenário internacional, porém, o BC resolveu baixar a taxa no fim de agosto. A previsão do mercado é de que a taxa de juros caia novamente em outubro e dezembro deste ano, terminando 2011 em 11% ao ano.
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para o IPCA, a previsão do mercado para 2011 e 2012 está, respectivamente, em 6,45% e em 5,40%. Deste modo, a estimativa dos analistas ainda está acima da meta central de inflação de 4,5% para este ano e para o próximo, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (entre 2,5% e 6,5%). O BC, por sua vez, prevê inflação próxima ao centro da meta de 4,5% no ano que vem.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB este ano


Agência Brasil




BRASÍLIA  - A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano caiu pela quinta semana seguida. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,79% para 3,67%. Para 2012, a estimativa foi reduzida pela segunda semana consecutiva, ao passar de 3,90% para 3,84%. As informações constam do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base na expectativa dos analistas para os principais indicadores da economia.


Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na última sexta-feira (2), o PIB alcançou R$ 1,02 trilhão no segundo trimestre. Na comparação com o trimestre anterior, houve crescimento de 0,8%. Em relação ao mesmo período do ano passado, a economia cresceu 3,1% no segundo trimestre deste ano, a menor taxa desde o terceiro trimestre de 2009, quando houve uma queda de 1,8%.


A estimativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, caiu de 2,96% para 2,63%. Para 2012, a projeção continua em 4,30%.


A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 39,15% para 39,20%, em 2011, e permanece em 38%, no próximo ano.


A expectativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 1,60, ao fim de 2011, e em R$ 1,65, ao final de 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 22,90 bilhões para US$ 23 bilhões, este ano, e caiu de US$ 12,10 bilhões para US$ 11,60 bilhões, em 2012.


Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 57,93 bilhões para US$ 58,25 bilhões, em 2011, e de US$ 68,63 bilhões para US$ 68,51 bilhões, no próximo ano.


A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permanece em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 50 bilhões, em 2012.



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