sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

"Prévia do PIB" inicia 4º trimestre com alta de 0,36% em outubro, diz BC
"Prévia do PIB" inicia 4º trimestre com alta de 0,36% em outubro, diz BCIBC-Br de outubro foi divulgado nesta sexta-feira pela autoridade monetária. (Foto divulgação)Clique para ampliar a imagem
 
IBC-Br de outubro foi divulgado nesta sexta-feira pela autoridade monetária.
No acumulado do ano, até outubro, indicador avançou 1,57%, informa.


O nível de atividade econômica do país voltou a subir em outubro deste ano, primeiro mês do quarto trimestre, quando foi registrada uma alta de 0,36% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do PIB.

Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (14) pela autoridade monetária, o IBC-Br, após ajuste sazonal, somou 143,07 pontos em outubro, contra 142,56 pontos em setembro deste ano. De agosto para setembro, o IBC-Br (revisado) tinha registrado recuo de 0,51%.

Nos dez primeiros meses deste ano, na comparação com igual período de 2011, entretanto, foi registrada uma elevação de 1,57% no IBC-Br, segundo dados da autoridade monetária. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal - considerada mais apropriada por economistas.

Resultado do PIB e medidas de estímulo
Essa foi a primeira divulgação do IBC-Br após o resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano, que avançou somente 0,6%. O próprio BC havia informado anteriormente, por meio também do IBC-Br, que esperava um crescimento maior no terceiro trimestre deste ano: da ordem de 1,15%. O resultado também ficou abaixo das previsões do mercado financeiro.

O nível de atividade tem demorado a reagir neste ano apesar de uma série de medidas de estímulo à economia adotadas neste ano pelo governo federal, como a redução do IPI para a linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e para os automóveis.

Além disso, também reduziu o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento às desonerações da folha de pagamentos, lliberou cerca de R$ 100 bilhões em depósitos compulsórios para os bancos e vem reduzindo a taxa básica de juros desde agosto do ano passado.

O governo também anunciou em 2012 a liberação de R$ 20 bilhões em crédito para os estados e um programa governamental de compras de R$ 8,4 bilhões, além de medidas de defesa da concorrência.

IBC-Br
Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início do ano passado o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.

"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central.

Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente há menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 7,25% ao ano (a menor taxa da história).

Os juros estão caindo desde agosto do ano passado para estimular o nível de atividade econômica, em meio aos efeitos da crise financeira internacional. Até o momento, a previsão do mercado financeiro é de que a taxa básica não tenha novas quedas neste ano, e que permaneça neste patamar de 7,25% ao ano, pelo menos, até o fim de 2013.

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.


Fonte: Portal G1

sábado, 1 de dezembro de 2012

PIB sobe 0,7% de janeiro a setembro

Diário do Grande ABC
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
A produção de riquezas do País não foi como o governo federal esperava. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre, contra o trimestre anterior, 0,9%, sobre igual período de 2011, e no acumulado entre janeiro e setembro, 0,7%, na comparação anual.
Desta maneira, o resultado acumulado nos nove primeiros meses deixou o indicador quase na metade do caminho até a estimativa do governo federal, de alta de 1,6%, conforme último relatório trimestral de inflação do Banco Central. O resultado do PIB foi apresentado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os resultados estão com ajuste sazonal.
Por meio do site de sua Pasta, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se mostrou otimista quanto ao resultado, mesmo consciente de que a variação frente ao trimestre anterior, de 0,6%, foi inferior às expectativas do governo federal e até do mercado, que giravam em torno de acréscimo de 1%. Ele afirmou estar satisfeito com o resultado das medidas de estímulo tomadas pelo Executivo durante este ano e lembrou que o crescimento do primeiro trimestre foi de 0,1% e do segundo, 0,2%.
Por outro lado, os analistas se mostraram decepcionados e revisaram suas estimativas.
A agência classificadora de risco de crédito Austin Rating mudou sua previsão de expansão do PIB de 2012 de 1,7% para 0,9%.
O professor e coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas de São Paulo), Emerson Marçal, avaliou que o PIB deve fechar o ano abaixo de 1%. Ele disse que o governo precisa mudar o foco para o longo prazo, principalmente reforçando o investimento no Brasil.
Presidente da Fiesp e do Ciesp (Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf afirmou que o resultado já era esperado, principalmente pela alta carga tributária, que, segundo ele, reduz o potencial de investimento e de produção das empresas.