quinta-feira, 26 de março de 2009

Mantega diz que PIB vai crescer mais 2%




BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o pacote habitacional lançado ontem, que prevê investimento de R$ 34 bilhões em 1 milhão de moradias, deve movimentar R$ 60 bilhões, considerando também os recursos do setor privado.

Esse valor deve contribuir para um crescimento adicional da economia brasileira de 2 pontos percentuais, diluídos ao longo do período de atuação do pacote, segundo o ministro.

"Isso [o pacote] significa que o PIB [Produto Interno Bruto] crescerá 2% a mais com esse programa", disse Mantega durante a cerimônia.

"Podemos crescer muito, com solidez e sem risco, ao contrário do que ocorreu nas crises anteriores, fazendo uma política antcíclica e anti-recessiva por meio do aumento de crédito e de investimentos, de forma a abreviar a duração da crise", afirmou.

De acordo com Mantega, o programa "Minha Casa, Minha Vida" vai duplicar a construção de moradias no país. Além disso, afirmou que mobilizará uma cadeia produtiva que usa apenas insumos produzidos no Brasil, o que beneficia a economia sem trazer risco de causa déficit na balança comercial.

A estimativa de geração de emprego do programa é de 1,5 milhão de vagas, número divulgado pelo governo com base em estudo realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

terça-feira, 10 de março de 2009

Mantega reduz previsão para PIB e diz que ficou "difícil" crescer 4%



A queda do PIB (Produto Interno Bruto) no último trimestre de 2008 levou o ministro Guido Mantega (Fazenda) a reduzir sua previsão de crescimento para 2009.

De acordo com Mantega, "ficou difícil" alcançar a meta de 4% traçada anteriormente pelo governo. O ministro avalia, no entanto, que é possível crescer acima das previsões do mercado, de cerca de 1,5%.

"Os mais pessimistas falam em crescimento de 1% a 1,5% para 2009. Acredito que podemos ter mais que isso. Ficou difícil atingir aquela meta de 4% que eu vinha falando, mas o governo continuará trabalhando para que a economia tenha o melhor desempenho possível", afirmou.

Mantega afirmou que a queda de 3,6% no PIB do quarto trimestre em relação ao trimestre anterior foi uma "redução considerável do crescimento".

"Essa retração se deu em todos os setores, porque boa parte da indústria parou de produzir para queimar estoques e fazer caixa. Tivemos até uma parada maior do que seria necessário pela dimensão da crise."

O ministro prevê que, no primeiro trimestre deste ano, já haverá uma recuperação em relação ao quarto trimestre. "Devemos ter o primeiro trimestre com um desempenho melhor, o que nos deixa distantes de um possível problema de déficit técnico [recessão]".

Segundo Mantega, a perspectiva é que o primeiro semestre também seja melhor que o último trimestre, porém inferior ao desempenho do ano passado.

"No segundo semestre a economia deverá retomar um crescimento maior. O PIB brasileiro em 2009 será positivo. Será um dos poucos países que terá um PIB positivo."