terça-feira, 25 de agosto de 2015

  Sonora e Chapadão do Sul obtiveram a segunda maior produtividade de soja do ciclo, com 52 sacas por hectare, logo após Itaporã com 53 sacas por hectare. 

Depois,  aparecem, com 51 outros cinco municípios: Alcinópolis, Costa Rica, Maracaju, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia. Já a menor rentabilidade das lavouras foi registrada em Dourados, Fátima do Sul, Itaquiraí e Nova Alvorada do Sul, com média de 46 sacas por hectare.

MS registra a maior safra de soja de sua história, 6,890 mi de toneladas

Produção cresceu em razão do aumento da área e da produtividade.
Maracaju se manteve como o principal produtor de soja do estado.

Anderson Viegas Do Agrodebate
Soja armazena em silos em Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução/TV Morena) 
MS registrou a maior safra de soja de sua história no ciclo 2014/2015 (Foto: Reprodução/TV Morena)

Mato Grosso do Sul encerrou nesta semana a colheita da safra de soja e registrou no ciclo 2014/2015 a maior produção de soja de sua história, com 6,890 milhões de toneladas. O número foi divulgado pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), da Associação dos Produtores da Oleaginosa (Aprosoja/MS), nesta quarta-feira (8).
Em relação as 6,148 milhões de toneladas colhidas na temporada passada, o incremento neste ciclo foi 12%. Esse aumento de produção se deve ao crescimento de 8,4% na área cultivada com a oleaginosa na comparação das duas safras (2013/2014 e 2014/2015), que passou de 2,120 milhões de hectares para 2,300 milhões de hectares e também a ampliação de 3,3% na produtividade, que subiu de 48,3 sacas por hectare (2.900 quilos por hectare) para 49,9 sacas por hectare (2.995 quilos por hectare).
Conforme o Siga, o município de Maracaju, a 157 quilômetros de Campo Grande se manteve nesta temporada como o principal produtor de soja do estado. Os produtores da cidade cultivaram 249,960 mil hectares com a oleaginosa, o que representou 13,56% de toda a área semeada com o grão em Mato Grosso do Sul e colheram 778,405 mil toneladas, o equivalente a 11,29% da produção sul-mato-grossense.
Depois de Maracaju, aparecem na relação dos principais produtores de soja de Mato Grosso do Sul nesta safra as cidades de: Ponta Porã, com 504,252 mil toneladas; Sidrolândia, com 481,218 mil toneladas, Dourados, com 457,222 mil toneladas  e São Gabriel do Oeste, com 343,099 mil toneladas.
Em contrapartida, a maior produtividade do ciclo foi obtida em Itaporã, com 3.235 quilos por hectare, ou 53 sacas por hectare. Depois, com 52 sacas por hectare aparecem Chapadão do Sul e Sonora, e com 51 outros cinco municípios: Alcinópolis, Costa Rica, Maracaju, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia. Já a menor rentabilidade das lavouras foi registrada em Dourados, Fátima do Sul, Itaquiraí e Nova Alvorada do Sul, com média de 46 sacas por hectare.


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domingo, 9 de agosto de 2015

Aumenta o cerco aos caminhões poluidores

Jorge Cardoso/MMA
Fumaça tóxica: risco ao homem e ao ambiente
Ibama e Polícia Rodoviária Federal reforçam operações nas estradas para evitar fraudes no aditivo Arla 32, que minimiza o lançamento dos óxidos de nitrogênio na atmosfera
Por: Paulenir Constâncio e Rafaela Ribeiro – Editor: Marco Moreira

A Polícia Rodoviária Federal e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) intensificarão as operações nas estradas para coibir o boicote dos caminhoneiros ao Arla 32, aditivo que minimiza os óxidos de nitrogênio (NOx) emitidos pelos motores a diesel. O uso é obrigatório devido aos altos níveis de poluição atmosférica provocados pelo gás, que causa graves danos à saúde humana e ao meio ambiente nas grandes cidades. A ação já ocorreu em dois Estados nos meses de maio e junho, com resultados bastante significativos.
O trabalho em campo mostra que os motoristas de caminhão têm consciência, mas insistem na prática desse tipo de crime ambiental. Para reduzir seus custos, se arriscam até mesmo a ter o caminhão apreendido e pagar multas pesadas, superiores a R$ 50 mil.
ECONOMIA IRRISÓRIA
O Ibama já aplicou mais de R$ 300 mil em multas e apreendeu 23 veículos. Alguns ainda estão nos pátios dos órgãos fiscalizadores aguardando a quitação das infrações. Não utilizar o Arla 32, além de ser uma economia irrisória no custo total do transporte, leva a prejuízos futuros previsíveis aos proprietários de caminhões, além da perda da garantia do veículo por parte das concessionárias e montadoras.
Nessa quarta-feira (04/08), em Brasília, técnicos de órgãos envolvidos na regulamentação das emissões atmosféricas e na coordenação do Programa de Controle da Poluição Veicular por Veículos Automotores (Proconve) (Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Saúde, Ibama, Polícia Rodoviária Federal, Cetesb-SP, INEA-RJ, INMETRO, ANP, entre outros) definiram a estratégia de controle das emissões de NOx, que incluem ainda três outras medidas.  A ideia é fechar o cerco para evitar as fraudes responsáveis pela poluição.
De acordo com a diretora de Qualidade Ambiental do MMA, Letícia Carvalho foi decidido o que será feito de agora em diante. “Além de intensificar a fiscalização nas estradas, o que já vem dando bons resultados, devemos levar os Estados a implantar, o mais rápido possível, os programas de inspeção veicular”, disse.
Criados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como uma obrigação dos Estados no âmbito do Proconve, o programa só está em operação no Rio de Janeiro. Os órgãos estaduais de fiscalização analisam as emissões dos motores, medindo o nível de concentração dos poluentes, inclusive dos NOx, e podem indicar se há ou não a correta manutenção do veículo.
NOVA TECNOLOGIA
Outra medida estudada é o aperfeiçoamento da tecnologia atual dos computadores de bordo que registram o que ocorre com os motores em sua vida útil. Os técnicos da indústria automobilística já estão estudando o assunto. Isso pode permitir que os órgãos fiscalizadores detectem as fraudes pelo dispositivo. Produtos semelhantes ao Arla 32 são utilizados mundialmente para o controle dos NOx.
Segundo o gerente de Qualidade do Ar da Secretária de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf Noronha, é preciso que cada um faça a sua parte para eliminar o problema dos NOx.
Estima-se que seja um dos principais problemas de saúde pública nas grandes cidades brasileiras. É um gás poluente com ação altamente oxidante, sua presença na atmosfera causa a formação do ozônio troposférico, que pode levar ao aumento de internações hospitalares, decorrente de problemas respiratórios, problemas pulmonares e alergias. No ambiente, pode levar a formação de chuvas ácidas. Além disso, tem um importante efeito nas mudanças do clima, agravando o efeito estufa. O Conama, por meio do Proconve, vem impondo à indústria automobilística limites de emissão de poluentes cada vez mais rigorosos, desde 1986. A utilização do Arla 32 pelos caminhões e ônibus é necessária desde 2012, quando se iniciou a Fase P7 do programa, com limites para os NOx extremamente rígidos para os veículos que utilizam óleo diesel.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1165